Para além de por em evidência de uma forma muito competente o atraso moral, social, económico do Portugal salazarento da emigração e da guerra colonial, este livro mostra que a inveja se baseia sobretudo na imaginação do invejoso.
Com base naquilo que o invejoso observa e ouve falar do invejado, o invejoso constrói um mundo de pressupostos que ampliam as qualidades do objeto da inveja (neste caso da amante), aumentando com isso, artificialmente, a intensidade da inveja.