Sexting e suicídio

Dois jovens namorados gravam uma selfie filmada enquanto fazem amor. Separam-se e, 5 anos mais tarde, quando ela já é casada com outro homem do qual tem dois filhos, o filme “cai” nas redes sociais, precisamente nos telemóveis dos colegas do emprego dela;  Operária da IVECO.,

Resultado: Os colegas de emprego, quase todos homens, sorriem à sua passagem ou até mandam piropos vergonhosos. Tudo chega aos ouvidos do marido. Incapaz de lidar com esta situação ela suicida-se!

É crime divulgar atos íntimos praticados por uma ou mais pessoas, sem o consentimento explícito de todos. Talvez por isso o departamento de pessoal tenha aconselhado esta operária a enfrentar os colegas maldosos e processar quem divulgou o filme. Ela não aceitou. Preferiu matar-se.

Muitas pessoas perguntam-se: o que pode levar um casal a fazer um filme destes?

Na minha opinião, muitos destes casos são atos de  Sexting, que consiste em filmar ou fotografar o prazer vivido pelo autor da selfie, para depois mandar a “amigos”, pelas redes sociais, fazendo-lhes inveja, ou como forma de exibicionismo. Do tipo: “olhem o almoço que eu estou a comer” ou “olhem aonde estou, em Nova York” ou “olhem eu e o meu namorado como fazemos amor”.

Já falei disso aqui, em abril passado…

A motivação pode ser também o ganho rápido e fácil, enviando o filme para sites eróticos, aonde os filmes privados são muito apreciados e bem pagos, pois são mais genuínos do que os feitos com atores profissionais.

Isto faz lembrar o célebre caso Bill Clinton e sua estagiária Mónica Levinsky, que praticaram atos moralmente condenáveis (embora não ilícitos) na célebre Sala Oval. Neste caso em vez de ser exibido um filme como prova, Mónica mostrou a uma amiga um vestido manchado de esperma, gabando-se da origem do fluido, e a principal vítima foi o homem… nem sempre a mulher é a vítima…