Deram à costa na Califórnia, a 80 Km de S. Francisco…
AS MALHAS QUE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS TECEM…
Deram à costa na Califórnia, a 80 Km de S. Francisco…
AS MALHAS QUE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS TECEM…
Podemos ver aqui os lindos navios da MSC:
https://www.msccruzeiros.pt/pt-pt/Descubra-MSC/Os-Nossos-Navios.aspx
A primeira das centrais acima listadas é polaca depois vêm as alemãs. A central Drax, inglesa, devia estar nesta lista, pois é a sexta mais poluente na Europa. Não consta!
São os países mais industrializados que produzem mais poluição atmosférica (+ de 70%).
Porém o coelho mais importante que eu gostaria de conhecer é aquele que nunca, até hoje, vi sair da cartola: Qual a percentagem de poluição atmosférica produzida pelos automóveis particulares, relativamente à poluição total. Em CO2 e em NO2. Isto é, sem contar com os transportes de mercadorias ou transportes públicos.
Morreu o ator Zé Lopes, 61 anos, que vivia numa tenda na região de Sintra. Fora-lhe retirado o RSI…
Nascido em 1958, José Lopes começou a sua carreira artística ainda jovem, tendo entrado em peças como “Os Negros”, “Vida e Morte de Bamba” ou “Epopeia de Gilgamesh”. Chegou a colaborar com o ator e encenador Luís Miguel Cintra como professor na Escola Superior de Teatro e Cinema e participou em filmes independentes como “Adeus Lisboa”, “Interrogatório” ou “Longe”.
Eu não esperava que um drama destes pudesse ocorrer no Portugal de hoje…
Mais uma mulher, Sanna Marin, que não necessitou de quotas discriminadoras positivas das mulheres, para chegar a primeira ministra. Na Finlândia.
O retrato da situação sociocultural da França, feito por Jorge Almeida Fernandes, hoje, no jornal Público:
Na sexta-feira, o Le Monde mostrava um cartaz das manifestações de Paris: “J’ai peur” (tenho medo). A greve geral em França levanta uma actualíssima questão: a percepção que os franceses têm da sua sociedade é muito distante da imagem que as estatísticas dão. A greve tem como detonador as pensões de reforma. Mas, para ganhar a batalha da opinião, apresenta-se como uma “greve por procuração”, no pressuposto de que pode cristalizar todos os descontentamentos e frustrações dos franceses.
A greve não seria apenas reveladora de uma crise social, escreveu o Le Monde: “[Os franceses] vivem uma crise existencial que se manifesta pela precaridade social e económica, uma precaridade que toca tanto o sector privado como o público (…) e que se traduz numa crise de confiança.”
Deixemos a greve e interroguemos essa “crise existencial”. Acabam de ser publicados dois estudos curiosos. O primeiro é o barómetro anual Fracturas francesas, edição de 2019, realizado pelo instituto Ipsos-Sopra Steria; o segundo é o livro França Retrato Social, do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Económicos (INSEE), 2019.
Comecemos pelas “fracturas”. É patente o pessimismo: 73% dos franceses estão persuadidos de que o país está em declínio. E o pessimismo traduz-se em desconfiança, sublinha o relatório do Ipsos. Apenas 21% afirmam “que é possível confiar na maioria das pessoas”, contra 79 que pensam o contrário. Há uma desconfiança absoluta nos políticos: para mais de 90%, eles defendem os seus próprios interesses. A excepção são os autarcas. E as instituições de que mais se desconfia são as que derivam de eleições: deputados, parlamentos, Governos e partidos. Aquelas que merecem confiança são a escola, o hospital, o Exército ou a polícia.
Para 76% dos inquiridos, as noções de esquerda e direita estão ultrapassadas. Apenas 19% crêem que esta clivagem seja ainda relevante. Nenhuma outra clivagem substitui esta enquanto estruturadora da cena política. Passemos ao tema democracia. Para 63% dos inquiridos, “a democracia é o melhor dos sistemas”; mas 36% opinam que “outros sistemas políticos podem ser tão bons como a democracia”. Entre estes, 86% exprimem um apelo a “um chefe”. Sociologicamente, são “franceses modestos”, na maioria operários ou que se identificam como pertencendo a “meios desfavorecidos”.
Lendo o conjunto das respostas a variados temas, da imigração à globalização, o politólogo Gérard Grunberg assinala a radicalização de uma clivagem social mais profunda, a que diferencia os operários das outras categorias sociais. Entre 2017 e 2019, esta clivagem agravou-se. “A radicalização dos operários e a sua proximidade cada vez maior da Frente Nacional [de Marine Le Pen] modificam profundamente a composição social da esquerda e, por isso, retiram à clivagem esquerda-direita o seu significado social histórico.” Os operários são a única categoria que maioritariamente (65%) considera que Marine Le Pen “é capaz de governar o país”.
O estudo do INSEE combina indicadores objectivos e subjectivos e tem uma dimensão temporal de 40 anos, o que permite comparar a situação da França com o que dela pensam os franceses. Recorro a uma análise do sociólogo Olivier Galland, director de estudos no CNRS. “Os franceses estão persuadidos de que os seus filhos terão um futuro menos bom que eles conheceram, de que o seu nível de vida se degrada e são cada vez menos os que consideram satisfatório o seu estado de saúde.”
O nível de vida médio melhorou regularmente entre 1975 e 2016. No gráfico, é uma curva ascendente. Outra coisa é a percepção dessa evolução, que não cessa de se degradar. Uma impressionante curva descendente. Em 2016, apenas um quinto dos franceses tinha o sentimento de que a situação continuava a melhorar. “Esta progressão não foi feita em detrimento dos mais pobres nem foi acompanhada pelo aumento das desigualdades”, sublinha Galland.
“Os indicadores de mobilidade social e de nível de vida mostram (com algumas nuances) uma clara melhoria da situação dos franceses desde o fim dos anos 1970.” A fluidez social “progrediu fortemente”. A imobilidade social diz respeito a uma minoria: em 2015, 65% dos homens e 71% das mulheres ocupavam, com efeito, uma posição social diferente da do pai ou da mãe (no caso das mulheres). Em relação a 1977, hoje é muito maior a probabilidade de um filho de operário ou empregado chegar ao estatuto de quadro.
“A metáfora do ascensor social deve ser interpretada no sentido de que continua a subir mas a sua velocidade deixou de acelerar (no caso dos homens). Esta estagnação da imobilidade social diz sobretudo respeito a empregados e operários qualificados, em que 43% dos filhos ocupam, em 2015, a mesma posição dos pais em 1985 — mas 40% deles ocupam uma posição mais elevada, profissões intermédias ou quadros, contra 23% em 1977.” No caso das mulheres, a taxa de mobilidade vertical mais que duplicou desde 1977.
Acontece que a percepção que os cidadãos têm da sua situação é frequentemente outra. A ansiedade tem muitas razões, a começar pelo medo da despromoção social. Na última década, houve um “clímax apocalíptico” sobre as classes médias. Na campanha eleitoral francesa de 2012, a extrema-direita denunciava o “martírio” das classes médias. Hoje, cresce a angústia das “classes modestas” que se dizem votadas ao “desprezo” pelos governantes. Os “coletes amarelos” foram uma eloquente manifestação. O sistema político tem um grave problema com as “classes modestas”.
Os políticos conhecem o dilema. Devem estar em sintonia com os eleitores. Se vão contra as suas percepções, arriscam-se ao desastre eleitoral. Mas os discursos que colam às queixas reforçam as falsas percepções. É mais fácil a vida dos populistas. Quem tem razão? Macron, que denuncia o pessimismo dos franceses? Ou os que o acusam de viver numa “bolha” e ignorar a realidade?
Em 2008, um instituto alemão anunciou a retracção da classe média alemã. A classe média está em declínio na Alemanha foi um título que correu o mundo. Se a classe média alemã está em declínio, como estarão as outras? Em 2011, o Roman Herzog Institut, de Munique, desmentia aquela tese e anotava: “Como se fala muito na iminente diminuição da classe média, cada vez mais pessoas acreditam nisso e o medo é exacerbado. Como uma profecia auto-realizável [self-fulfilling prophecy] as reportagens fazem nascer um medo pânico de perda do estatuto.”
A ansiedade existe e é uma implacável armadilha
É a maior operação mediática de propaganda jamais vista em tempo de paz!
Todos os ativistas clamam intervenção dos governos, para minorar os efeitos catastróficos que se prevêem caso a água dos oceanos subam. Será construindo diques?, ninguém se atreve a propor medidas concretas.
Guterres fala em que as grandes empresas devem mudar.
Apela a eleitores e eleitos para que pressionem os governos.
Mas não responde às perguntas que estão na boca de toda a gente: “quanto vai custar?” e “quem vai pagar?”. Mais uma vez não é de esperar que sejam os ricos a pagar esta crise, por isso os pobres estão inquietos e dizem; mais uma crise que vai sobrar p’ra mim!!!
As classes sociais com menos recursos económicos não vão aceitar apertar mais o cinto. Basta ver o que se está a passar em França por causa de uma hipotética baixa do valor das pensões de reforma.