É-me muito penoso falar sobre violência doméstica. Tenho tido alguns dissabores em comentários anteriores, nos blogues que costumam abordar esse tema.
O cidadão comum não compreende que o stress e os ambientes continuadamente muito hostis podem fazer certas pessoas darem em malucas, que é como quem diz, praticarem atos fora de qualquer racionalidade. Atos de violência contra outros ou contra si próprios.
Um dos casos que deu brado há uns anos atrás foi o das sevícias praticadas por militares americanos nas prisões do Iraque.
Na minha opinião aqueles jovens jamais fariam aquelas atrocidades em condições de convivência normal e pacífica nos seus países de origem. O Stress, o uso de álcool e drogas e a tendência para a depressão ou para outros problemas psicológicos, são os principais fatores que contribuem para o aparecimento destes atos violentos extremos.
É que, quem conheceu de perto a grande maioria destes facínoras, quando interrogado depois dos atos consumados, recorta os autores como pessoas pacíficas e até afáveis. As poucas exceções a estas opiniões só servem para confirmar a regra.
O cidadão comum devia ser alertado para o facto de, ele próprio, poder vir a ser no um agressor de extrema violência, bastando para tal que o ambiente que o circunda lhe seja extremamente hostil durante muito tempo, e que a perspetiva de sair dessa situação se lhe afigure, então, impossível.
Há quem considere estes meus argumentos branqueamento do caráter agressivo dos agressores. Eu acho que não é branqueamento coisíssima nenhuma.
Acho que os atos violentos na sequência de situações prolongadas de stress deve ser abordado numa lógica de problema de saúde pública.