O Sr. Elias, dono do Super-Mercado Coma Agora Pague Depois, farto de mandar cartas de cobrança aos caloteiros da secção de padaria, sem sucesso, mandou o Zé Padeiro vender essas dívidas ao Zé Cobranças.
Reunidos no sótão deste último, o Cobranças começou a negociação assim: Oh Zé, se me tirares da lista dos calotes que vou comprar as dívidas verdadeiramente incobráveis, compro uns pneus novos para o teu carro.
– OK, disse o Zé Padeiro, e retirou da lista as dívidas da D. Felismina e da D. Gertrudes, após o que, feitas as contas, as dívidas somaram 1000€, ao que o Zé Cobranças propôs: Pago já 300€ e fico para mim com o produto das cobranças que conseguir efetuar.
Quando chegou à loja, O Zé Padeiro mostrou a proposta ao patrão e disse: É um bom negócio, patrão, mas tive que retirar as dívidas da D. Gertrudes e da D. Felismina.
Ok, respondeu o patrão, mais valem 300€ na mão que 1000€ a voar.
Um mês depois o Zé Padeiro foi despedido!
É que o Zé dos Pneus confidenciou ao Sr. Elias que o Zé Cobranças tinha comprado uns pneus novos para o carro do Zé Padeiro…
As histórias que tu inventas…se os políticos que estiveram no governo estivessem proibidos durante 5 anos de trabalhar no privado…estas coisas não aconteciam…
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Mas qual trabalhar?! Neste caso a mulher defendeu os interesses de um cliente do estado vendendo ao desbarato o que pertencia ao erário público, em troca de apropriação de ordenados futuros, isto é, em troca de dinheiro (70.000€/ano x 5 anos = 350.000€). Em termos judiciais isto configura o crime de “participação económica em negócio”. É crime, e dá prisão!
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